Esta receita é a pensar no tempo quente que de certeza que já está aqui para ficar! Mas antes de mais, um “rewind” das últimas semanas.
Tenho estado um pouco ausente do blog, talvez sob a influência do tempo incerto que esteve ultimamente e que de certa maneira acabou por afectar a minha energia para fotografar e escrever. Só a parte do cozinhar é que se manteve activa. E a de comer também! A começar por uma vaga de desejos inexplicáveis por petit pots de creme e borrego. Andei a comer às duas e três tacinhas de petit pots de creme por dia (péssimo para a saúde, só ovos e natas… óptimo para a disposição!), com sabor a laranja, a baunilha, com doce de mirtilos, enfim, basicamente com os sabores que tinha mais à mão. Depois veio a fase do borrego. Logo eu que nem sou assim muito fã de carne, andava a sonhar com um borrego, assim mais ao estilo oriental, bem condimentado, com couscous ou arroz. Dito e feito. Na noite em que fui jantar à Taberna 2780, um dos pratos do menu de degustação era um borrego satay, com couscous (confesso que nem queria acreditar em tamanha coincidência). E uma semana depois fui ao restaurante Fenícios, só de comida libanesa, onde comi um borrego assado com arroz de especiarias e amêndoas. Não satisfeita, passei pelo Miosótis, comprei ½ quilo de borrego e fiz um estufado maravilhoso com cebola, cenoura e canela, e servi com iogurte grego e cerefólio picado – uma delícia!
Mas vamos então às endívias. Vocês não imaginam como uma dentada nestas folhas de endívia pode ser tão refrescante e saborosa. Eu gosto de as comer à mão e já desenvolvi uma técnica para “fazer render” o queijo e o morango, sem acabar por comer a ponta da endívia muito sozinha: a primeira dentada tem que ser modesta, só um bocadinho no caule, e com a ajuda dos lábios, muito discretamente e com jeitinho, empurra-se o resto do queijo para a frente da folha, garantindo assim uma segunda dentada perfeita.
Como em muitas outras receitas, nesta dá perfeitamente para alterar os ingredientes, mantendo como base as folhas das endívias. Pode usar outro tipo de fruta ou queijo, outros frutos secos ou sementes. Contudo, tenha em atenção que as endívias são ligeiramente amargas, pelo que, na minha opinião, ficam melhor com queijos mais para o cremoso e fortes em sabor, tipo de cabra ou queijos azuis.
Folhas de endívia com Feta, morangos e vinagrete de mel
Esta receita não tem quantidades certas pois depende muito de como é que a vai servir, como salada principal, como entrada ou como canapé. O que posso dizer para ajudar é que uma endívia tem entre 8 a 10 folhas com as quais se pode fazer esta receita. Para o meu almoço fiz:
1 endívia (deu 10 folhas)
4-5 morangos, cortados ao meio
1 fatia de queijo Feta com 2cm de largura, 2cm de altura e 8cm de comprimento, cortada em quadrados de 2x2
4-5 nozes picadas
1 c. chá de sementes de papoila
Para o vinagrete de mel:
1 c.sopa de azeite
1 c.chá de mel
Umas gotas de limão
Uma pitada de sal
Retire o pé da endívia de modo a conseguir separar bem as folhas e passe-as por água. Disponha as folhas num prato largo. Coloque um pedaço de queijo Feta, seguido de meio morango em cada folha. Salpique tudo com as nozes picadas e as sementes de papoila. Misture todos os ingredientes do vinagrete e, antes de servir, deite por cima das folhas.
Agora estou mesmo cheia de fome :-)
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